quinta-feira, 24 de junho de 2010

CLASSIFICAÇÃO: UMA PEDAGOGIA DA EXCLUSÃO

CLASSIFICAÇÃO: UMA PEDAGOGIA DA EXCLUSÃO
Liliane Vieira Longman*


Em: Gestão em Rede, Outubro de 2002, Nº 40, pp. 11-15


Tentarei questionar os modelos de identidades classificatórios, verdadeiras trapaças ideológicas, que nos pegam nos vários discursos ideológicos\classificatórios da escola. Tome-se como exemplo os conflitos de valores construídos na escola, que consideram as diferenças como deficiência, tendo como base os padrões normativos hegemônicos. Esses, têm sido uma das maiores causas de desenvolvimento da ideologia da normalidade. Esta ideologia, da deficiência do outro, tanto pode ser construída a partir das diferenças lingüísticas, culturais, sociais como também da falta de traços biológicos ou, mais ainda, construída nos compêndios da psicopatologia e da medicina. Nos enganamos ao pensar que avançamos ao construir discursos pseudo-filosóficos, epistemológicos, até humanistas, mas na verdade não enfrentamos a questão fundamental: para que classificar? Que motivação a educação criou para definir grupos de pessoas a partir de traços, marcas, faltas, sexo, cor etc.? Para que e para quem servem esses modelos classificatórios e excludentes?


A crise na educação têm raízes estruturais e se tornou uma obviedade nas suas várias mani- festações de confrontos metodológicos, gestão, formação e baixa qualidade. As crises não diminuem, porque os problemas sociais se agravam a cada dia neste último século. A questão que apresento está inserida no contexto da exclusão social, mais especificamente da discriminação construída a partir dos modelos pedagógicos desenvolvidos nas escolas. Explico melhor: desenvolveu-se mais um tipo de ideologia nestas instituições de ensino, que apelidei de pedagogia da classificação. Ao longo desses mais de vinte anos de vivência, trabalho e convivência com os "diferentes/deficientes", sempre me perguntei: por que nomeá-lo "deficiente auditivo", "deficiente visual"?


Por que considerar deficiente aquele que sabe olhar e ver através de outros sentidos, ou têm uma experiência mais auditiva e/ou táctil do mundo? Por que considerar deficiente aquele que vê vozes ou têm uma experiência visual do mundo? Por que considerar deficiente aquele que têm uma outra forma cognitiva de pensar, que não estão inseridos na "normal/média" dos modelos piagetianos de resolver problemas? Por que ser singular é ser deficiente? Qual o cruel e escuso processo que transformou uma diferença em falta, em negação, em inferioridade, fora da média, em deficiente? Levantar questões e tentar romper com esses modelos classificatórios identitários é, no mínimo, nos deixar expostos às diferenças e criticar as posições fechadas e as ideologias contruídas e segmentadas na escola: a ideologia da cIassificação/deficiência.


As pedagogias ainda hoje excluem para homogeneizar os currículos, os alunos, os professores e, conseqüentemente, normatizar toda a escola. A escola é um dos exemplos mais emblemáticos dessa pedagogia da classificação. Seus modelos falam das classificações sociais -escolas dos ricos, dos pobres -, das geográficas -urbanas, rurais -, das etárias -do jovem, da criança, do adulto -, até das classificações individuais -carente, analfabeto, silábico, pré-silábico, hiper-ativo, lento, deficiente, normal, inteligente, de rua, sem-família, femininas e masculinas, e tantas outras "poéticas" classificações.


As pedagogias e outras ciências, não só criam, mas reforçam e cientificam as classificações, quando inventam o perfeito, o belo, o branco, o ocidental, o inteligente e quando toma a média como uma verdade natural e biológica. Os grupos que se classificam como dentro da média ou de normais, são situados de forma hegemônica na sociedade e acabam por difundir o uniforme da universalidade. É assim, por imposição ou convencimento, que a ideologia da classificação dos anormais e os valores e conhecimentos construídos por ela, são acatadas como verdade.


Paulo Freire nos fala que a ideologia é a ocultação da verdade dos fatos e que ao mesmo tem-po, nos torna míopes. É dessa miopia que precisamos ter medo. É ela que nos faz repetir tantas vezes uma "mentira" que termina se tornando "verdade", sem nos darmos conta dos preconceitos e discriminações que têm graves conseqüências na formação das pessoas. Sabemos que o principal canal de conservação dos valores e conhecimentos é a escola, e alguns intelectuais tentam sair das posições conservadoras para inovadoras, sem uma compreensão recíproca da visão de alteridade. (GHIRALDELLI, 1997). Considero como construção de uma nova visão de alteridade, sair dos modelos ideológicos e classificatórios para poder imaginar, olhar, ver, escutar, fazendo uma ruptura dos valores e conhecimentos que foram construídos e entendidos como perfeitos e naturais. Não significa apenas respeitar, como é tão propagado na escola inclusiva; não significa tão pouco, aceitar deficientes, excepcionais, portadores de deficiência e tantas metáforas construídas historicamente, dando e construindo o sentido do outro anormal, diferente, deficiente, não-normal. Significa dizer como François Jacob: "A igualdade foi inventada porque os humanos não são idênticos. Se fôssemos todos gêmeos, esta noção de igualdade, que releva da moral e da política, não teria nenhum sentido. O que Ihe dá seu valor e importância é que os indivíduos são diferentes. É a diferença que faz o sal da vida e a riqueza da humanidade".

A ideologia da diferença cultural


Quando afirmo que a construção das identidades classificatórias na pedagogia tem por refe- rência a ideologia da deficiência, quero dizer que não só os chamados portadores de deficiência entram nessa corrente. Tomei como exemplo os estudos de Magda Soares sobre linguagem e escola, e como se desenvolveu a ideologia da deficiência cultural.


A autora explica a expansão dessa ideologia da deficiência, surgida na década de sessenta nos Estados Unidos e que se difundiu para a América Latina e, em especial, no Brasil. As populações norte-americanas socialmente desfavorecidas perfaziam um total de 77 milhões de negros, portoriquenhos, chicanos, e sofriam um processo de segregação não só no mercado de trabalho, como também nas escolas. As reivindicações por essas minorias resultaram em estudos e análises "científicas", sobretudo com estudos da Psicologia, que fizeram a classificação desses grupos de crianças, por meio de testes, entrevistas, e análise de comportamento, tomando como referência um modelo ideal da classe dominante, social e economicamente privilegiada.


O resultado todos sabemos: um verdadeiro rosário de classificações -carências afetivas, deficiências perceptivas e motoras, privação cuItural, déficit lingüístico -, que tentaram explicar "cientificamente" o fracasso da criança e seu contexto cultural. Surgiu então uma "verdadeira" teoria da deficiência cultural e uma "psicologia da pobreza", que geraram "doenças, defeitos, deficiências". A teoria passou a culpabilizar o sujeito e dissimular as verdadeiras razões das desigualdades.


No Brasil a ideologia da deficiência cultural surge com 10 anos de atraso e o fracasso escolar das crianças passou a ser o discurso oficial e, conseqüentemente, o pedagógico. "Nos Estados Unidos chegou-se a afirmar, com base em pesquisas sobre a inteligência e o rendimento escolar de brancos e negros, que, se não era possível corrigir as "deficiências" das crianças negras, por meio de programas de educação compensatória, isto acontecia porque as causas dessas "deficiência" eram resultado não só da "privação cultural", mas, mais que isso, também das diferenças genéticas", afirma Magda Soares.


Podemos constatar nesse cenário de atores "deficientes" a formação de uma ideologia da deficiência que se estende para todos e, mais ainda, para os que "realmente" ainda hoje são considerados portadores de deficiência e tantas outras metáforas. A educação especial também surge neste cenário, com mais uma deficiência: as classificadas como sensórias, mentais ou físicas. Começa o ciclo, na escola pública, da educação compensatória e na, educação especial, da dupla deficiência. Com isso resolvido e determinado, dissimulam-se, pela pedagogia da classificação, as reais causas do fracasso das nossas escolas.


A lógica da deficiência cultural tomou roupagem científica na escola e iniciou um novo ciclo de pedagogias compensatórias e classificatórias, que gerou verdadeiros programas de "exclusão para inclusão" ou vice-versa. É neste cenário que configuram-se as formas mágicas de resolver problemas com soluções compensatórias. Essas soluções têm como pressuposto o fracasso da criança e surgiram numa pedagogia preventiva para reabilitar, colocando a causa na criança e não no contexto social -a pedagogia é para corrigir o aluno e não para mudanças sociais, como ocorria nos programas de pré-escolar, tão largamente difundidos na década de 70, nas nossas escolas públicas.


A referência dessa ideologia da deficiência cultural mostra como os discursos científicos da classificação, centrados no aluno, servem para desqualificar os sujeitos. No que se refere aos chamados portadores de deficiência, não se foge â regra: tem-se uma pedagogia classificatória da deficiência e, mais ainda, uma educação especial que patologiza as crianças que, ainda hoje, são vistas como deficientes.


Na construção da escola, temos que nos policiar para não acabar taxando ou classificando o outro de forma prepotente e autoritária, sem ver e analisar as verdadeiras causas do fracasso escolar. As pedagogias da classificação servem para, cada vez mais, construir uma educação compensatória com programas e formas excludentes de escola: de pobres e de ricos, dos que aprendem e não-aprendem, das seriações, das avaliações de conteúdo, das classes de aceleração, turmas de jovens e adultos.


A maior obviedade da pedagogia da classificação é a exclusão, porque ela, em si mesma, vem carregada de valores positivo e negativo, uma vez que classificar significa desqualificar pessoas, significa não torná-las singulares ou substantivas. É como uma tatuagem: marca e define a pessoa para sempre. Na marca que a classificação coloca, impede-se a constituição na semelhança dos pares, dos aliados, da fratria. Ela é dada, antes mesmo da pessoa se constituir como sujeito, não é construída pelo sujeito, é prisioneira del a mesma, não têm escolhas.


Façamos um experimento de pensamento numa antropologia fantástica: Se, de repente ficássemos todos surdos ou cegos, como Saramago imaginou em seu admirável livro "Ensaio sobre a Cegueira", e precisássemos inventar uma nova linguagem começar de novo a ver, a ouvir, a construir outras crenças, narrativas e discursos ou, simplesmente, se tivéssemos, como Sartre, de pensar no judeu como “aquele que os outros consideram judeu", a que conclusão chegaríamos? Decerto, à salutar e revolucionária conclusão: o deficiente é aquele que os outros classificam como deficiente.


Esta simples consideração denuncia uma sutil e tremenda discriminação, construída pela rede social: aquela em que ser diferente significa tornar-se deficiente. Vocês dirão: tudo isso é uma obviedade, e qual seria a questão? A verdadeira questão é a seguinte: como esses grupos, definidos como deficientes, podem sair da identidade classificatória para se constituírem como cidadãos e serem parte ativa na construção da escola? Como sair da pedagogia da classificação, da educação compensatória e dos modelos de exclusão nas escolas? Qual seria a saída para escapar dessa ideologia: assumir a tatuagem da deficiência e se agrupar com os pares da identidade classificatória e se adaptar nela? Pensar na inexorabilidade da identidade classificatória e tirar proveito deja? Ou será, que a classificação realmente impede a liberdade, ou, ao contrário que é a partir do conflito da classificação que os grupos podem se organizar para romper esse modelo? Tentar desconstruí-las e defender as diferenças como construções culturais e políticas dos sujeitos, definidas por MACLAREN (1999). Ou simplesmente entender a lógica não-dialética da classificação: ela existe para que o normal não seja questionado. O normal não se explica: é inato, natural, verdade em si mesmo. O "normal" tornou-se o padrão, a norma, o que possibilita, a manipulação do Outro sem ver esta "alteridade” como instrumento de exploração (SCLIAR, C. 1999). O normal não se coloca em discussão, é inquestionável. É preciso pensar que a diferença seja construída na relação e não reforçar a soberania dos grupos ditos normais, que não se deixam classificar porque são, neles mesmos, a referência, a norma, o caráter universal. É para minimizar os conflitos e as lutas sociais dos grupos “normais” que se prega o discurso de que “todas as maneiras de olhar que acentuam a diferença, subvertem a crença liberal em uma subjetividade universal (nós somos todos apenas pessoas)” (MACLAREN, P. 1999) e, com isso, acreditam que o racismo e o preconceito irão desaparecer, mesmo que eles continuem como a norma produtora da diferença/deficiência.

Romper como o modelo da classificação


Mas o “deficiente” é também uma construção cultural criada pelos Outros que não se incluem nessa classificação. Diferentemente, fazer uma opção, se identificar, se constituir como grupo, significa romper com o modelo da classificação, significa um ato de liberdade, portanto criativo e político. “A liberdade é a razão de ser da política” (…) “E seu domínio de experiência é ação. Os homens são livres enquanto agem, nem antes, nem depois; pois ser livre e agir, são a mesma coisa”. (ARENDT, 1997). Entendo que o encontro como o outro se dê na construção das relações, maximizadas com um tipo de solidariedade, de reconhecimento, afirmação e interação na construção de uma ação política de consolidações de alianças e trocas, marcando as diferenças nas suas formas de significações e construções de sentido político, contra as políticas de assimilação. O primeiro passo é conceber as identidades classificatórias como um princípio não-ético; sair dessas narrativas e tentar construir um espaço político e crítico das representações sociais construídas historicamente é admitir e defender que as mudanças nas pedagogias classificatórias fazem parte das lutas sociais.


A identidade classificatória da normalidade é aterrorizante. Precisamos estar atentos na socie- dade em que vivemos, em que o respeito às diferenças são mascarados, numa relação de tutela e dominação, sob a aparência da "cordialidade". No caso brasileiro, situamos a dita cordialidade bem perto mesmo é da hipocrisia. Atrevo-me a apresentar um caminho que vislumbro para a educação: a construção de uma política voltada para uma pedagogia crítica, construída a partir dos indivíduos e dos sujeitos. Ela começa pela luta do seu conceito -para repensar novos espaços na escola é preciso repensar espaços políticos para discussão e construção de idéias e ações e, principalmente, questionar os modelos classificatórios. Somos construtores de sentido, porque somos construtores de nós mesmos. Quando sujeitos se reafirmam como minoria lingüística e não como deficientes auditivos, estão questionando esses modelos ideológicos e classificatórios construídos pelos outros.


Dizer que há pessoas e comunidades, grupos e minorias, que possuem uma cultura, construída por eles mesmos ao longo da história da humanidade, é sair do lugar do perfeito, normal, e vê-los a partir dos valores construídos e definidos por eles como grupo social, detentor de uma construção cultural, erigida a partir de conhecimentos acumulados na forma de ver o mundo, de se comunicar, de andar, de pensar, raciocinar e de se constituir como sujeito de uma história. É evidente, que essa atribuição de significados construídos é o resultado da não aceitação dos modelos ideológicos de classificação. É incrível como ninguém fica mais impactado, com a linguagem utilizada na Internet. No entanto, fica-se pasmo, paralisado e, muitos ainda negam quando outros grupos humanos construíram uma língua de modalidade gestual-visual. Isso é deficiência ou é construção cultural que tem que ser absorvida e incorporada na sociedade?


A Libras e o Braille não enriquecem a humanidade? Acredito que sim, e ao reconhecer isso, admito que essa é uma construção cultural, um ato de liberdade, uma ação política, uma contribuição positiva para a civilização e toda humanidade. Deixar a visão de deficientes definidos a partir da falta e não como cidadãos políticos é mais do que mudar de partido político -significa construir novas narrativas e se apresentar como sujeitos políticos na sua diferença política. Estas afirmações levam a pensar que a escola precisa se apropriar desse conhecimento, para ser incorporado ao todo e ao singular, e não buscar resolver alternativas legais e burocráticas que tornem a diferença mais suportável, acomodando-se aos discursos e metáforas atribuídos a esses sujeitos.


Sempre temos a tendência para encaixar, modelar e burocratizar as teorias e concepções. As grandes questões que se põem hoje são as da ordem, da tolerância, da solidariedade, da política e da alteridade e, principalmente, do questionamento de todos os modelos classificatórios. Somos iguais apesar de diferentes; somos diferentes apesar de iguais. A diferença do outro implica um duplo movimento de auto e hetero avaliação, processando reconhecimentos e desencontros. No movimento de ver o diferente em mim e no outro, numa construção de relação e solidariedade, deixa-se o lugar do normal. Assim, a escola precisa travar o debate ideológico para a construção de práticas pedagógicas que rompam com a visão maniqueísta do normal e todas as suas conseqüências de exclusão. Utopia? Talvez. Entretanto, valores, conhecimentos e preconceitos mudam porque humanos devem mudar. Ser humano é ser capaz de sempre estar mudando e de ser diferente.





Referências bibliográficas


ARENDT, Hannah. Entre o passado e o futuro. São Paulo: Pespectiva, 1997.

GHIRALDELLI Jr,P. Infância, escola e modernidade. São Paulo: Cortez Editora, 1997

MACLAREN, Peter. Utopias provisórias. Rio de Janeiro: Editora Vozes, 1999.

SARTRE, Jean-Paul. Reflexões sobre o racismo. Difusão Européia do Livro, 1968

SCLIAR,Carlos. Revista Educação e Realidade. Porto Alegre, RS

Crianças que só copiam têm medo de escrever

SLIDE QUE FIZ SOBRE DEDUÇÃO E INFERÊNCIA

Baixo Desempenho Escolar: Desnutrição ou privação cultural?

PRIVAÇÃO CULTURAL
Ouvi este termo numa reunião e ele passou a ser alvo de pesquisas e de questionamentos perante o atendimento realizado por mim a crianças encaminhadas com dificuldades de aprendizagem.
Este pedaço de palavra parecia que cabia perfeitamente bem em alguns casos que estava construindo ou seja tecendo relações que explicassem a dificuldade de fulaninho..mas depois deixou de ser pano de fundo e passou a ser alvo secreto de interrogações diante da constituição particular dos meus pensamentos insolubres....
Li alguns textos europeus que falavam dentro deste pedaço de palavras de desnutrição, e que esta ideia sociologica surgiu na decada de 70, sendo um dos mais outros estigmas para ROTULAR alunos, separa-los...ou seja uma justificativa...EPA!!!tremi, reli...e continuei...
Feuerstein, psicologo, romeno,em 1994 elaborou o Programa de Enriquecimento Instrumental (PEI) e seu modelo de Psicodiagnóstico (LPAD). O PEI é um programa de formação cognitiva que tem em vista o incremento do potencial de aprendizagem., quanto a privação cultural ele diz:
Essa síndrome é entendida como a ausência ou insuficiência de interações sociais específicas, é a privação do indivíduo em sua própria cultura..enfatiza que o desenvolvimento cognitivo somente pode acontecer de forma natural e saudável se o indivíduo puder experimentar uma interação humana que lhe forneça os instrumentos para lidar com o mundo.Vygotsky também concebe o desenvolvimento por meio da mediação com outros seres humanos que ‘oferecem’ – consciente e inconscientemente, formal e informalmente – os instrumentos de sua cultura.
Feuerstein (1997) rompe com os paradigmas de que a idade e fatores orgânicos como a herança genética, anomalias cromossômicas, emocionais, sejam impeditivos para a modificabilidade cognitiva e afetiva, sejam irreversíveis e a causa central da falta de aprendizagem.”
A rotulação tambem vem desde que classificamos, avaliamos e massificamos em vidrinhos nas salas de aulas nossos alunos, aqueles carente, vindo de extrema pobreza e que a ESCOLA dita pública, mas com cara ainda de arcaica e classe média...vai rotular impiedosamaente desde deficiencia, retardamento, privação cultural, silabico, pre silabico etc....REPENSAR ESTA PRATICA É PRIMORDIAL..
Diante de outras leituras pude então me reencontrar neste conceito e representa-lo melhor no contexto do meu trabalho, e espero que tenhamos cuidado acurado com estes CLICHES que nos chegam tão sorrateiramente pervertendo nossa linguagem como um pulo de gato disfarçado de maestria.

QUEM TE ADMIRA ?

APRESENTAÇÃO